Ensinamentos geracionais ajudam na preservação da culinária tradicional indígena
Receitas indígenas sobrevivem sendo passadas de uma geração a outra
Ana Gonzalez , Jornal da Universidade (UFRS)
Foto: Pietro Scopel/JU
Desde cedo, Vera Kaninka aprendeu com seu pai que, toda vez que nasce um pé de araucária, nasce um ser Kaingang. A araucária, a fag, possui o tom, mesmo espírito que habita todos as pessoas e seres Kaingang, singular para cada um. Assim como os humanos, a araucária, utilizada pelos Kaingang na alimentação, educação, artesanato e como recurso espiritual, também é descendente dos irmãos Kamé e Kairu, responsáveis por criar todas as formas de vida e povoar a terra, segundo a cosmologia Kaingang.
Professora, hoje Vera trabalha com seus alunos da Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Fag Nhin o mesmo conhecimento que aprendeu com seu pai. Alocada no limite invisível que separa Porto Alegre de Viamão, a escola recebe crianças e adolescentes dos seis aos 17 anos, que definem as regras das brincadeiras no intervalo entre as aulas em uma mistura de português e kaingang. Além da Matemática e do Português, os alunos da Fag Nhin também são apresentados desde cedo às disciplinas de Língua Kaingang e de Valores Culturais, que substitui o Ensino Religioso na grade curricular da escola a partir do sexto ano do ensino fundamental.
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